Grãos de Chicago fecham em baixa com melhora do clima nos EUA

Por Cassandra Garrison

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Os contratos futuros de grãos de Chicago reverteram os ganhos anteriores para fechar em baixa nesta quinta-feira, com a melhora do clima norte-americano e apesar de a Rússia dizer que provavelmente não haverá extensão do acordo do corredor de grãos ucranianos durante a guerra, disseram analistas.

A soja perdeu terreno em relação ao rali anterior, já que o clima no Hemisfério Norte parecia mais favorável.

“O clima dos EUA está muito bom em todos os lugares, exceto nas planícies do sul, onde a seca é épica”, disse Charlie Sernatinger, da Marex Capital, em nota aos clientes.

O trigo também caiu, apesar das novas ameaças da Rússia de que não haveria extensão do acordo de grãos do Mar Negro negociado pela ONU além de 18 de maio, a menos que o Ocidente removesse uma série de obstáculos à exportação de grãos e fertilizantes russos.

O milho caiu, em parte devido à menor demanda de exportação, apesar de um relatório do Departamento de Agricultura dos EUA indicar que 327 mil toneladas de milho foram vendidas para a China nesta quinta-feira.

O contrato de soja mais ativo na Bolsa de Chicago(CBOT) caiu 3,25 centavos a 15,01 dólares por bushel, depois de subir anteriormente para seu nível mais alto desde 5 de abril, a 15,2225.

O milho da CBOT fechou 3,75 centavos mais baixo a 6,5225 dólares por bushel, depois de tocar uma máxima de uma semana antes. O trigo perdeu 12,50 centavos em 6,67 dólares por bushel.

Os agricultores brasileiros produzirão um recorde de 153,6 milhões de toneladas de soja nesta temporada, de acordo com um relatório Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um aumento de 2,2 milhões de toneladas em comparação com a previsão de março, com a colheita chegando ao fim no maior exportador mundial da oleaginosa.

(Reportagem de Cassandra Garrison na Cidade do México, Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)