Por Michael Erman e Ahmed Aboulenein (Reuters) - Mais de 300 executivos da indústria farmacêutica e biotecnológica, incluindo o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, assinaram uma carta aberta nesta segunda-feira pedindo a reversão da decisão de um juiz federal dos Estados Unidos que proíbe a pílula abortiva mifepristona.
Por Michael Erman e Ahmed Aboulenein
(Reuters) – Mais de 300 executivos da indústria farmacêutica e biotecnológica, incluindo o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, assinaram uma carta aberta nesta segunda-feira pedindo a reversão da decisão de um juiz federal dos Estados Unidos que proíbe a pílula abortiva mifepristona.
Um juiz norte-americano suspendeu na sexta-feira as vendas do medicamento aprovado pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) há duas décadas, enquanto um caso movido por grupos contrários ao aborto continua no Distrito Norte do Texas.
A decisão do juiz Matthew Kacsmaryk da semana passada mina a autoridade da FDA, escreveram os autores da carta, acrescentando que ela ignora décadas de evidências científicas e precedentes legais.
“Pedimos a reversão dessa decisão de ignorar a ciência e a restituição apropriada do mandato para a segurança e eficácia de medicamentos para todos junto à FDA, a agência encarregada de fazer isso, em primeiro lugar”, escreveram.
Bourla foi o primeiro líder de uma grande empresa farmacêutica a adicionar seu nome à carta, que também foi assinada por mais de 300 executivos de empresas menores de biotecnologia dos Estados Unidos.
A decisão coloca toda a indústria em risco, diz a carta, e estabelece um precedente para minar a autoridade da agência para aprovar medicamentos.
“Se os tribunais podem anular as aprovações de medicamentos sem considerar a ciência ou as evidências, ou a complexidade necessária para avaliar totalmente a segurança e a eficácia de novos medicamentos, qualquer medicamento corre o risco de ter o mesmo desfecho que o mifepristona”, acrescentou o documento.
(Por Michael Erman em Nova York e Ahmed Aboulenein em Washington; reportagem adicional de Bhanvi Satija em Bengaluru)
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