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ONU pede que funcionários no Afeganistão fiquem em casa até maio após veto a mulheres

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Reuters
Publicado: Apr 11, 2023, 13:16 GMT+00:00

Por Charlotte Greenfield (Reuters) - A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Afeganistão lançou uma revisão de suas operações e pediu a todos os funcionários no país que fiquem longe dos escritórios até maio, depois que o governo do Taliban proibiu o trabalho de suas funcionárias, informou a missão em comunicado nesta terça-feira.

Mulheres afegãs durante aula em escola religiosa, em Cabul, Afeganistão

Por Charlotte Greenfield

(Reuters) – A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Afeganistão lançou uma revisão de suas operações e pediu a todos os funcionários no país que fiquem longe dos escritórios até maio, depois que o governo do Taliban proibiu o trabalho de suas funcionárias, informou a missão em comunicado nesta terça-feira.

A ONU disse na semana passada que o Taliban, que chegou ao poder em 2021, comunicou que as mulheres afegãs não poderiam trabalhar para a organização global. Autoridades do Taliban não comentaram a ordem.

“Através desta proibição, as autoridades do Taliban procuram forçar as Nações Unidas a fazer uma escolha terrível entre ficar e apoiar o povo afegão e defender as normas e princípios que temos o dever de defender”, afirmou a missão da ONU (Unama).

A ONU disse que a implementação da ordem colocará a organização global em violação de seu estatuto.

A entidade pediu a cerca de 3.000 funcionários – homens e mulheres – que fiquem em casa até 5 de maio, enquanto realiza “consultas necessárias”, faz os ajustes em suas operações e acelera o planejamento de contingência.

A restrição às funcionárias da ONU, após o veto contra a maioria das mulheres trabalhadoras de ONGs em dezembro, gerou fortes críticas internacionais.

Algumas autoridades sinalizaram preocupações de que os doadores possam retirar o apoio ao programa de ajuda humanitária do Afeganistão, o maior do mundo, e que a implementação de alguns programas e o alcance de mulheres no país conservador sem trabalhadoras não seriam possíveis.

(Por Charlotte Greenfield)

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